Lançado em 1984, “Born in the USA” é o álbum mais vendido da carreira de Bruce Springsteen com sobras. O trabalho teve mais de 30 milhões de cópias comercializadas em todo o planeta e imortalizou músicas como a que lhe dá título, além de “Dancing in the Dark”, “Cover Me”, “I’m on Fire”, “Glory Days”, “I’m Goin’ Down” e “My Hometown”, todas promovidas como singles.

No entanto, o protagonista da obra não coloca o disco entre os seus preferidos, como confessou à Rolling Stone em recente entrevista. O artista reconheceu não ter se conectado às composições da mesma forma que em outros projetos.

“Não foi necessariamente o que eu imaginava que seria. Estava interessado em fazer um álbum completo na linha mais dark de ‘Nebraska’. Se você ouvir ‘My Hometown’ e a música ‘Born in the USA’, elas foram meio que os suportes do que eu pretendia. O resto era… exatamente o que eu tinha na época. Da concepção à execução, não foi necessariamente o que eu havia planejado, mas é assim que a criatividade funciona. Você entra no estúdio, tem uma ideia. Não é necessariamente o resultado almejado. Então, essa foi a situação daquele disco para mim, pessoalmente.

Quando o entrevistador se declarou surpreso, por considerar o disco coeso, The Boss manteve a postura, embora tenha compreendido a impressão. “Acho que soa assim para outras pessoas também. Talvez eu estivesse procurando por algo mais obscuro, como foi ‘Nebraska’. Os temas estão lá, como em ‘Downbound Train’. Apenas estão disfarçados de músicas pop.”

“Born in the USA” foi o trabalho responsável por alçar Bruce Springsteen ao patamar de estrela mundial. Chegou ao número 1 de vários dos maiores mercados fonográficos, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Austrália. No Brasil, vendeu mais de 100 mil cópias apenas à época do lançamento, número expressivo para os padrões de artistas internacionais no país.